60 Degraus – Entrevista Prédio Novo FACOM

Diretoria da Facom e alunos experimentam novas formas de interação

Com a posse da nova diretoria da Faculdade de Comunicação, associada à mudança recente para um novo prédio, muitos alunos se perguntam como se dará a ocupação do espaço, o andamento das propostas da nova gestão e, também, a relação que se estabelecerá com os estudantes. De acordo com a diretora Marise Mendes, uma de suas propostas é o incentivo às atividades culturais. Apesar das propostas ainda não terem sido finalizadas, a direção tem grande interesse em sua realização. “Por enquanto, um empecilho para que algumas dessas atividades ocorram é a ausência do palco do anfiteatro, que não foi feito durante as obras”, afirmou Marise. “Assim, encaminhamos essa demanda à PROINFA, como uma das pendências existentes na Faculdade de Comunicação”.

Em relação ao diálogo entre estudantes e direção, o vice-diretor, Nilson Alvarenga, declarou que a nova gestão está totalmente aberta para ouvir os alunos. Segundo ele, “o mais importante é que os alunos levem suas propostas à diretoria, pois nos disponibilizamos a criar um canal de comunicação com os estudantes muito receptível”. Já de acordo com Marise, todas as propostas serão consideradas, mas haverá critérios, por meio de editais. “É uma abertura com responsabilidade, para que todas as pessoas tenham condições de serem ouvidas e não apenas aquelas que apareceram em primeiro lugar”.

A proposta do lançamento de editais está relacionada, portanto, à preocupação dos eleitos com o acesso democrático, permitindo que todos que queiram propor algo tenham a oportunidade, em lugar de burocratizar os processos. Segundo Nilson, há uma ideia de realizar esses processos em uma época específica do ano, pois é preciso que haja uma programação tanto dos núcleos envolvidos quanto da própria direção.

Segundo o estudante e presidente da Acesso Comunicação Junior, Lucas Uriel, desde a disponibilização de uma sala para as reuniões com todos os membros, a qualquer alteração que desejam fazer na sede, existem procedimentos a serem seguidos, porém a interação com a direção tem atendido às necessidades. “Na gestão atual da Marise e do Nilson, já precisamos de autorização para diversas coisas, como material ou sala, até para nosso processo seletivo, e o diálogo com a diretoria foi extremamente pacífico”, afirmou. “Com seu comprometimento em dialogar e tentar entender as demandas dos núcleos, a relação entre a Acesso e a direção tem melhorado muito, principalmente quando precisamos receber um ‘não’, por exemplo, para algo que é inviável. Mesmo assim, há sempre uma explicação do porquê de tal resposta. Sentimos que é um diálogo muito aberto e horizontal, que aproximou bastante os alunos e a diretoria”.

O Diretório Acadêmico Vladimir Herzog possui opinião semelhante quanto à comunicação entre os núcleos e a direção. Segundo a estudante Fernanda Bonfim, a atual gestão do diretório se comprometeu a estar presente em todas as reuniões de departamento, conselho de unidade e congregação e suas ideias têm tido impacto. “Desde que passamos a estar mais presentes nas reuniões, conseguimos influenciar de forma mais horizontal no desenvolvimento da unidade. Mesmo que não tenhamos tanta representatividade e número de votos como os professores, conseguir expressar a situação que os alunos se encontram, que muitas vezes não são de conhecimento geral, impacta fortemente o resultado desses encontros”. Segundo Fernanda, nesses momentos de reunião e decisões envolvendo a faculdade, a atual direção tem tido um diálogo bastante transparente com sua gestão, tentando ajudar naquilo que é possível, embora muito do que se tenha obtido até agora seja consequência também da maior participação, presença e conhecimento das burocracias por parte dos alunos.

Como muitos estudantes já percebiam em seu dia a dia na Faculdade, Fernanda relembra que nosso antigo prédio não suportava mais a demanda dos cursos de jornalismo e muito menos de RTVI. As salas eram menores, faltavam estúdios e laboratórios, entre tantas outras dificuldades. “Nosso prédio atual resolveu parte do que precisávamos, e, quando estivermos completamente instalados, nossa faculdade terá condições de trabalho infinitamente melhores do que as da antiga estrutura. Esse processo está sendo feito em conjunto com as instâncias da Unidade de maneira ativa e contínua. Através das demandas dos núcleos da faculdade levamos propostas que melhorem a formação dos alunos e suas experiências profissionais. Estando cientes de que não são apenas as disciplinas que demandam a utilização dos espaços, mas também o D.A., a Atlética, a Acesso, a Produtora, o PET, a Rádio e os grupos de pesquisa”.

Ainda há, portanto, muito trabalho para a ocupação do novo prédio da Faculdade de Comunicação, mas, permanecendo o atual diálogo horizontal entre direção, núcleos e estudantes, há uma boa perspectiva de que este seja um processo aberto e democrático.

Nós disponibilizamos a entrevista completa, e também dividimos os tópicos abordados aqui no site.

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