Extensão Nós – Isadora Gonçalves

Nós, novo projeto de extensão do PET, foi criado com o objetivo de transmitir as ideias de nossos petianos e divulgar seus temas e desenvolvimento de pesquisas. Procuramos, assim, incentivar a aproximação de nosso núcleo com o meio acadêmico, alunos e a faculdade. Venha então conhecer um pouquinho mais de Nós!

Isadora Gonçalves Junqueira de Carvalho

Petiana desde junho de 2016

“Eu sempre tive fascínio por cinema. Entrei na faculdade pensando nisso. Acabei encontrando no PET a oportunidade de ter maior contato com a área, pois apesar de ter muito interesse e vontade de entender como tudo era feito, pouco entendia da teoria. Entrei, então, em contato com o Nilson, que se tornou meu orientador e me apresentou suas áreas de pesquisa. A partir daí, aprendi muito, e pude desenvolver várias ideias para estudo.

A minha pesquisa atual tem como tema a análise da construção dos personagens no cinema de realismo sensorial, mais especificamente, no filme brasileiro “O Homem das Multidões”.

Esse tipo de realismo é diferente de um filme clássico, que possui muita ação; e também de um neorrealista, que foca mais no personagem. No sensorial, há uma maior dedicação aos sentimentos e às sensações que as imagens podem provocar no público. Nos filmes que seguem essa linha, se sabe muito pouco do personagem, eles costumam ser rarefeitos. Apesar de não falarem muito e de não sabermos detalhes de sua história, a pesquisa que estou desenvolvendo procura entender como a construção de suas imagens conseguem passar as sensações para os espectadores.

Essa questão dos personagens e como são representados é o que mais gosto de pesquisar. Principalmente na área do realismo sensorial, que tem os protagonistas muito diferentes dos tradicionais que encontramos na maioria dos filmes. Torna-se um desafio de estudo muito grande.

Uma das pesquisas que me trouxe bastante conhecimento, e que também foi desafiadora, foi a desenvolvida na disciplina de Tecnologia e Imagem pois tive a oportunidade de inserir o cinema, analisando uma cena de “O Encouraçado Potemkin”. Usei a teoria da semiótica para fazer a relação do filme com o momento histórico que ele representa, a Revolução Russa. Tive que estudar bastante a história da época para poder fazer a relação com a matéria. Foi tudo muito interessante para mim, pois a teoria estudada serviu para uma análise que me permitiu desenvolver uma pesquisa totalmente diferente das vistas em sala de aula.

É por tais motivos que julgo as pesquisas sobre cinema muito importantes, pois auxiliam a quebra do estereótipo de ser um objeto de consumo e entretenimento. Elas permitem que haja um estudo por trás das realizações cinematográficas, que vai procurar entender mais da construção das imagens do filme, e o que a arte do cinema é capaz de produzir nos expectadores. Se pensássemos apenas pela lógica hollywoodiana, perderíamos muito do que o cinema pode oferecer. Esses estudos permitem mostrar que o cinema é muito mais do que vemos como comercial, objeto do mercado.

Por isso quero continuar essa área de estudo, do cinema não tradicional. Continuar fazendo mais pesquisas, procurando entender, principalmente, como é feita a construção dos personagens e a relação existente entre eles”.

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