O Nós, novo projeto de extensão do PET, foi criado com o objetivo de transmitir as ideias de nossos petianos e divulgar seus temas e desenvolvimento de pesquisas. Procuramos, assim, incentivar a aproximação de nosso núcleo com o meio acadêmico, alunos e a faculdade. Venha então conhecer um pouquinho mais de Nós!
Christinny Matos Garibaldi Pires
Petiana desde abril de 2015
Já em seu segundo período de faculdade, Christinny Garibaldi havia entrado para o PET e se aventurado pelas tantas possibilidades que o programa oferece. Agora no sexto, e fazendo parte do núcleo há dois anos, tem desenvolvido suas pesquisas com foco na área política.
Seu interesse pela área da política vem desde as disciplinas de história e geografia na escola. Durante seu segundo ano do ensino médio, quando aconteceram as manifestações de 2013, começou a se informar mais sobre as ações governamentais. Aprimorando seus estudos, Chris desenvolveu a vontade de se tornar jornalista, pois então teria a oportunidade de discutir áreas de seu interesse.
Por ter expandido seu entendimento no assunto, julga de extrema importância haver um profundo estudo da política por estudantes de comunicação, pois a imprensa e os meios comunicacionais exercem influência direta no público em questões desse domínio. Por isso, torna-se necessário o entendimento do modo como os meios lidam com tal influência para também entender o funcionamento político. Principalmente devido ao fato da grande maioria dos trabalhadores desse âmbito utilizarem desses meios para atingirem a população a seu favor, noticiando informações segundo seus interesses.
Sua primeira pesquisa realizada como bolsista teve como tema a análise comparativa da cobertura realizada pela revista Veja das manifestações de 2013 e 2015. Para ela, ver a construção do discurso e os enquadramentos segundo os interesses do veículo foi grande novidade, já que ainda estava nos primeiros períodos da faculdade. Em sua pesquisa, encontrou que, em 2013, a revista Veja, enquanto a pauta era preço das passagens de ônibus, negligenciou as manifestações, se referindo à população como “vândalos” e “baderneiros”. Porém com sua ampliação e junção de diversas reivindicações, sendo uma delas a hostilização da ex-presidente Dilma, houve então interesses da revista em pauta. Percebe-se então que o discurso utilizado em suas matérias muda. Vândalos tornam-se manifestantes. Tudo isso de apenas uma edição para a outra, em questão de um mês.
Já sua mais recente pesquisa abordou outra questão importante: procurou entender como os estudantes de jornalismo da UFJF se informam sobre política. Para realiza-la, mandou um questionário online para o grupo da FACOM, no qual obteve algumas respostas dos mesmos. A questão feita era como os estudantes se informavam, se por meios nacionais ou internacionais. A hipótese desenvolvida foi a de que eles não se informavam pela mídia tradicional brasileira, que acabou sendo confirmada. O resultado encontrado foi a descoberta de que a maioria se informa por veículos internacionais em circulação há mais tempo, que não possuem grande caráter alternativo, como El País e BBC, veículos estes que possuem plataforma digital no Brasil.
Chris, atualmente, não possui um projeto de pesquisa. Depois de seguir a linha de análises do enquadramento jornalístico de coberturas dos veículos midiáticos relacionados a política, decidiu modificar seu olhar na comunicação da área. Seu novo conceito de estudo agora é o da economia política da comunicação. Ou seja, estudar o processo comunicacional da forma como estão organizados economicamente, e de que modo o aspecto econômico dos meios e de organização dos processos comunicativos influenciam no passar da notícia e do conhecimento. Sua hipótese ainda não foi desenvolvida, porém tem se aprofundado nas leituras para poder desenvolver seu projeto.
Apesar de ainda não saber o futuro profissional que pretende seguir, Chris possui grande vontade de seguir sua linha de pesquisa na política e continuar contribuindo para essa área de estudo dentro do PET e da faculdade.