EXTENSÃO NÓS – RAPHAEL DOMINGOS

Nós, novo projeto de extensão do PET, foi criado com o objetivo de transmitir as ideias de nossos petianos e divulgar seus temas e desenvolvimento de pesquisas. Procuramos, assim, incentivar a aproximação de nosso núcleo com o meio acadêmico, alunos e a faculdade. Venha então conhecer um pouquinho mais de Nós!                                                                                                                                                                                                                                                                                                         .

Raphael Domingos de Ávila

Petiano desde agosto de 2017

“Eu sempre tive um interesse muito abrangente. Escolher um curso, para mim, já foi muito difícil. O jornalismo, mesmo com todos os problemas de formato e o objetivismo que o acompanha, é um curso que oferece uma possibilidade de pluralidade de ideias, então acho que foi aí que comecei a encaixar todas as coisas que gostava. Quando eu lia algo, ou via algum filme, sempre me remetia a algo além do entretenimento. Até com os produtos de massa. Entrar na faculdade foi só uma concretização do pensamento que eu já trazia comigo.

Atualmente, estou pesquisando sobre a invasão policial no Rio de Janeiro, e estou procurando entender como a violência, especificamente na invasão (e não ocupação) é usada como discurso de poder. Analiso esse exemplo e encaixo no livro “O Senhor das Moscas”, de William Golding. É uma pesquisa com uma pegada política, mas também trabalhando a literatura, e quem me orienta é o professor Paulo Roberto.

A primeira pesquisa que fiz também foi parecida. Com orientação do professor Nilson, tomei como objeto o filme “El topo”, de Alejandro Jodorowsky, e analisei a presença do niilismo. Minha ideia para outros artigos é essa, pegar obras de arte de diversas áreas que tenho interesse e comparar com temas políticos ou filosóficos. Ou seja, trabalhar a política com literatura, cinema ou alguma outra arte. Eu acho que cria um discurso interessante de como essas obras são imortais. Elas conseguem se separar do período e se encaixar em contextos atuais.

Para minhas pesquisas futuras, gostaria de continuar com essa pegada que tenho seguido. Mas gostaria de resgatar, de alguma forma, coisas que não são tão trazidas para a academia. O cinema e a literatura já entraram bastante. Porém, quadrinhos e ilustrações em geral, por exemplo, me interessam bastante e não são tão abordados, então tenho interesse em procurar alguma forma de encaixá-los.

Para mim a importância do tipo de pesquisa que estou desenvolvendo é pensar áreas que parecem distantes como uma coisa só. Não é só arte e jornalismo. Também é uma forma de aproveitar a pluralidade que o jornalismo permite de explorar essas áreas. E não só em relação à arte, há muitas possibilidades em diversos outros campos que não o meu.

O que também tenho interesse em pesquisas futuras é abordar uma literatura mais marginal. Tenho um carinho muito grande por esse campo, pois como os quadrinhos, são ainda mais difíceis de serem encontrados na academia. Na minha opinião, há ainda um movimento de distanciamento dessa arte independente. Eu sinto que essa arte não chega à notoriedade, ela acaba se perdendo. Acredito que ao trazê-la para a academia, tentando compará-la com temas que se vê no cotidiano, talvez eu conseguiria criar uma aproximação. Então esse é o meu objetivo para o futuro.”

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